Criado em julho de 1990 e oficializado em 1995, através da Resolução nº 8 do Conselho Universitário da UFC, o Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos (GPUIM) foi formado inicialmente por um grupo de estudantes do curso de Farmácia da Universidade Federal do Ceará, preocupados com a dura realidade da questão dos medicamentos no Brasil e com o grande afastamento da maioria dos farmacêuticos de suas responsabilidades inerentes à profissão. A falta de acesso às informações confiáveis e pertinentes sobre medicamentos,levava a sociedade a fazer seu uso inadequado, aumentando os números de reações adversas e interações medicamentosas que podiam ser evitadas com uma orientação adequada por parte dos profissionais de saúde, em ênfase o farmacêutico.
Diante da problemática surgiu a decisão política de adotar como estratégia principal a democratização das informações farmacológicas, trabalhando em todos os níveis, desde a geração de conhecimentos (através da investigação científica) à sua disseminação entre os profissionais de saúde, gestores do poder público e comunidade. A partir de então, por meio de importantes apoiose alianças internacionais o GPUIM começou a ganhar visibilidade como um meio de promoção e recuperação da saúde. O marco inicial de suas atividades colocou o GPUIM em contato com diversos temas, como a questão ilegalidade do aborto no Brasil, com a investigação da utilização do misoprostol como um agente abortivo, culminando no controle de prescrição no país e classificando como medicamento de risco X pelo FoodandDrugAdministration (FDA). Essa repercussão possibilitouo grupo adquirir recursos financeiros de uma ONG alemã, denominada Medico Internationale estabelecer parcerias com o Instituto Mario Negri de Milão, Itália, e o Instituto Catalão de Farmacologia Clínica da Universidade Autonoma de Barcelona (ICF) que foram muito relevantes para direcionar e desenvolver as atividades do grupo.
Hoje, as atividades desse grupo foram subdivididas em cinco projetos de extensão que trabalham com o rastreamento de pacientes, identificação de problemas, busca de soluções na literatura científica e intervenção com cuidados individuais dos pacientes. Os projetos de extensão que fazem parte desse Programa sãoo Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM), o Centro de Farmacovigilância do Ceará (CEFACE), o Centro de Estudos em Toxicologia (CETOX), o Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica (CEATENF) e o Laboratório Interdisciplinar de Saúde Coletiva, Farmácia Social e Saúde Mental Infantojuvenil (LISFARME)